terça-feira, 28 de outubro de 2014

PARABÉNS SR. ORELHAS EXTRATERRESTRE
É só, porque estão a ser laureados os prémios “Nobel” de 2014, e só por isso que venho com esta conversa, não por “tiques” de puritanismo da palavra, mas com o fito de prestar uma pequena contribuição, à Língua Portuguesa, para que, seja menos” trucidada” por toda essa “arraia-miúda” que, invariavelmente nos ocupa os espaços televisivos: doutores, ministros, comentadores, analistas e outros quejandos.
Estava eu, com os olhos plasmados no televisor assistindo aborregado no sofá, ao discorrer do telejornal quando, o pivô de ar altivo, orelhas de extraterrestre, sorriso de “malandreco” e um ligeiro e subtil tique no olho esquerdo, anunciou:
- “A Academia sueca atribui nesta quinta feira o Prémio Nobel da Literatura ao escritor francês Patrick Modiano, destacando o modo como a sua “arte da memória evoca os mais inefáveis destinos humanos e desvela o mundo da ocupação”. Isto é, da ocupação alemã da França durante a Segunda Guerra, um tópico recorrente na obra de Modiano, filho de uma actriz flamenga e de um judeu de origem italiana”…
Não foi a notícia em si que me chamou a atenção, pois como já é hábito os noticiários da estação pública, serem repetitivos e enfadonhos, mas a forma como o “orelhas extraterrestre” pronunciou a palavra, Nobel (…No bél…).
Gosto muito pouco deste senhor, mas mérito lhe seja conferido, acertou em cheio, talvez porque alguém lhe assoprou aos ouvidos ou, talvez não, mas acertou.
O vocábulo Nobel é uma palavra oxítona tal como (lençol, paiol… ) assim sendo, o acento tónico incide sobre a última sílaba e lemos obviamente (Nobél), mas escrevemos Nobel. Para que ela fosse paroxítona, ou seja, que o acento tónico incidisse na penúltima silaba, teríamos que escrever Nóbel, tal como (lápis…etc) e leriamos como quase todos esses basbaques, pseudo-intelectuais lêem (Nóbel), quando escrevem Nobel.

Parabéns Sr. Extraterrestre

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