PARABÉNS SR. ORELHAS EXTRATERRESTRE
É só, porque estão a ser laureados os prémios “Nobel” de
2014, e só por isso que venho com esta conversa, não por “tiques” de
puritanismo da palavra, mas com o fito de prestar uma pequena contribuição, à
Língua Portuguesa, para que, seja menos” trucidada” por toda essa
“arraia-miúda” que, invariavelmente nos ocupa os espaços televisivos: doutores,
ministros, comentadores, analistas e outros quejandos.
Estava eu, com os olhos plasmados no televisor assistindo
aborregado no sofá, ao discorrer do telejornal quando, o pivô de ar altivo,
orelhas de extraterrestre, sorriso de “malandreco” e um ligeiro e subtil tique
no olho esquerdo, anunciou:
- “A Academia sueca atribui nesta quinta feira o Prémio
Nobel da Literatura ao escritor francês Patrick Modiano, destacando o modo como
a sua “arte da memória evoca os mais inefáveis destinos humanos e desvela o
mundo da ocupação”. Isto é, da ocupação alemã da França durante a Segunda
Guerra, um tópico recorrente na obra de Modiano, filho de uma actriz flamenga e
de um judeu de origem italiana”…
Não foi a notícia em si que me chamou a atenção, pois como
já é hábito os noticiários da estação pública, serem repetitivos e enfadonhos,
mas a forma como o “orelhas extraterrestre” pronunciou a palavra, Nobel (…No
bél…).
Gosto muito pouco deste senhor, mas mérito lhe seja
conferido, acertou em cheio, talvez porque alguém lhe assoprou aos ouvidos ou,
talvez não, mas acertou.
O vocábulo Nobel é uma palavra oxítona tal como (lençol,
paiol… ) assim sendo, o acento tónico incide sobre a última sílaba e lemos
obviamente (Nobél), mas escrevemos Nobel. Para que ela fosse paroxítona, ou
seja, que o acento tónico incidisse na penúltima silaba, teríamos que escrever
Nóbel, tal como (lápis…etc) e leriamos como quase todos esses basbaques,
pseudo-intelectuais lêem (Nóbel), quando escrevem Nobel.
Parabéns Sr. Extraterrestre
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