terça-feira, 28 de outubro de 2014

CONVERSAS NA TABERNA
No interior do bar, ouviram-se umas pancadas secas numa das mesas na esplanada, fui ver, algo desavindo com o trabalho. Dois avinhados pegamassos espanhóis, hidrópicos, um completamente calvo com olhos verdes, húmidos e lacrimejantes, o outro, adunco, e testa larga, esbarrigados e pândegos parecendo caricaturas de Goya, e acastelhanando um português macarrónico reclamavam “dos cafés” um “cortado” e o outro com “leche”.
No regresso ao bar, ouvia-se na televisão, um celebérrimo articulista desportivo, arengando de forma séria e grave, sobre a questão filosófica do futebol nacional, mais parecendo, o dito e sublime orador, querer explicar uma intrincada e espinhosa tese cientifica.

Sorri e comentei com os meus botões: Para quê tanta “merda”, não será que a questão filosófica do futebol é tão simples como a bola entrar ou não entrar na baliza?

CONVERSAS SEM SENTIDO

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