
O jornalismo que nem sempre foi considerado uma profissão liberal, é na nossa era condenado e estigmatizado por grande parte da população, porque a imprensa perdeu a ética e o modelo de imparcialidade e isenção, ao caldearem factos com opiniões pessoais colorindo a verdade da notícia satisfazendo a suposta necessidade de tornar as informações mais humanizadas. Em vez de fazerem um relato sucinto e recto dos acontecimentos fazem uma abertura em tom romanceado e fantasiado com perguntas previsíveis, moralizantes e abstractas a alguns interlocutores escolhidos ao acaso para alindarem a situação, descarregando logo após uma serie de opiniões de peritos conceituados da praça pública criando uma verdadeira história de suspense. São assim os noticiários televisivos, medíocres, repetitivos até à exaustão, limitando-se aquilo que pode ser fotografado. A sua principal razão de ser são: as calamidades naturais; os grandes acidentes; as grandes fortunas e o culto da imagem; estrelas do futebol da música ou das meninas que preenchem as revistas cor-de-rosa.
Por fim um outro aspecto a destacar, foram eles os meios de comunicação que difundiram por todo o mundo uma das mais recentes descobertas e que dá forma à vida as estatísticas.
Através das notícias e da publicidade toda a gente acaba por se mentalizar mais cedo ou mais tarde das necessidades da saúde e dos perigos da vida bem como as normas comportamentais estabelecidas pelas médias inventariadas.
A vida estatística é uma força policial abstracta e inventada que actua no interior de cada um de nós modelando-nos psicologicamente.
1 comentário:
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